Avaliação
Entendo a atividade de avaliar não como uma tarefa de quantificar o aprendizado do estudante durante um determinado período de tempo, se é que isso é possível. A avaliação consiste, antes de tudo, em uma forma de perceber o progresso do estudante dentro das perspectivas esperadas pelo professor quando este idealiza um plano de desenvolvimento de conteúdos e saberes a serem promovidos durante um curso.
O processo avaliativo deve, a meu ver, buscar um largo olhar sobre o desenvolvimento de uma turma para conseguir abarcar as peculiaridades do progresso individual e suas motivações, sem perder de vista o aproveitamento coletivo alcançado pela turma. Sendo assim, o processo avaliativo serve como feedback do grau de processamento dos conteúdos e competências desenvolvidos no ambiente e na interação educacional, apontando para as deficiências e predicados dos educandos, educadores e processos educativos.
Acredito que a estratificação causada pelas notas nem sempre reflete o aproveitamento dos conhecimentos compartilhados na disciplina, e servem mais para afirmar uma necessidade social em numerar pessoas e compartimenta-las segundo alguns poucos critérios, os quais muitas vezes ignorados pelos sujeitos da atividade educacional. Justamente por essa forma de entender a atividade avaliativa, julgo ser imprescindível que o estudo do currículo e das políticas pedagógicas de determinado curso deva anteceder qualquer idealização de avaliação, pois esta só possui seu sentido a partir das expectativas discutidas e esperadas pelo curso.
Outrossim, para que a crítica às formas de avaliação não caia em um relativismo pós-moderno, proponho alguns critérios que devem ser levados em conta quando da atividade avaliativa, tais como:
- Entendimento das potências desenvolvidas pelo curso
- Domínios de conteúdos necessários às atividades promovidas
- Interesse e autonomia na busca pelos conteúdos
- Formas de participação nas atividades de partilha com o grupo
- Responsabilidade nas realizações de trabalhos
- Evolução do aprendizado durante o curso
- Formas de auto-avaliação
Embora esses critérios pareçam muito amplos, eles pretendem oferecer uma boa margem de subjetividade aos avaliadores, na tentativa de perceber todas as peculiaridades do indivíduo dentro do processo de aprendizagem. Não reside nessa idéia o foco, ou preocupação primordial, na classificação em termos de hierarquia de números, mas uma percepção mais complexa do crescimento do estudante em relação à turma, aos seus obstáculos e às formas com que apreende e processa o conhecimento compartilhado.
Nesse contexto o tutor tem a tarefa de possibilitar uma relação franca e responsável com o aluno-professor, garantindo uma ponte para a superação das dificuldades, uma alternativa para solucionar os entraves que surgem durante o processo de ensino. Desta forma, o tutor deve deixar claro que muitas vezes ele não solucionará as dúvidas dos alunos, ou porque o tutor nem sempre saberá a resposta ou porque sua resposta refletirá uma opinião pessoal a respeito de determinado assunto, ou seja, mostrar que o conhecimento também é feito por pontos de vista localizados. Sob estas prerrogativas o processo avaliativo é uma tarefa que demanda muito tempo, dedicação, atenção, e uma percepção apurada do desenvolvimento do aluno. Isso acarretaria em uma maior responsabilidade do tutor para atuar diretamente nessas avaliações, já que isso seria impossível para um professor responsável por uma imensa turma. No entanto, uma maior responsabilidade para o tutor na atividade avaliativa acarretaria em avaliações heterogenias na turma, pois cada tutor poderá utilizar critérios um pouco diferentes, caso não haja entre eles freqüentes debates para partilhar uma visão mais coesa sobre avaliação e aprendizagem.
O processo avaliativo deve, a meu ver, buscar um largo olhar sobre o desenvolvimento de uma turma para conseguir abarcar as peculiaridades do progresso individual e suas motivações, sem perder de vista o aproveitamento coletivo alcançado pela turma. Sendo assim, o processo avaliativo serve como feedback do grau de processamento dos conteúdos e competências desenvolvidos no ambiente e na interação educacional, apontando para as deficiências e predicados dos educandos, educadores e processos educativos.
Acredito que a estratificação causada pelas notas nem sempre reflete o aproveitamento dos conhecimentos compartilhados na disciplina, e servem mais para afirmar uma necessidade social em numerar pessoas e compartimenta-las segundo alguns poucos critérios, os quais muitas vezes ignorados pelos sujeitos da atividade educacional. Justamente por essa forma de entender a atividade avaliativa, julgo ser imprescindível que o estudo do currículo e das políticas pedagógicas de determinado curso deva anteceder qualquer idealização de avaliação, pois esta só possui seu sentido a partir das expectativas discutidas e esperadas pelo curso.
Outrossim, para que a crítica às formas de avaliação não caia em um relativismo pós-moderno, proponho alguns critérios que devem ser levados em conta quando da atividade avaliativa, tais como:
- Entendimento das potências desenvolvidas pelo curso
- Domínios de conteúdos necessários às atividades promovidas
- Interesse e autonomia na busca pelos conteúdos
- Formas de participação nas atividades de partilha com o grupo
- Responsabilidade nas realizações de trabalhos
- Evolução do aprendizado durante o curso
- Formas de auto-avaliação
Embora esses critérios pareçam muito amplos, eles pretendem oferecer uma boa margem de subjetividade aos avaliadores, na tentativa de perceber todas as peculiaridades do indivíduo dentro do processo de aprendizagem. Não reside nessa idéia o foco, ou preocupação primordial, na classificação em termos de hierarquia de números, mas uma percepção mais complexa do crescimento do estudante em relação à turma, aos seus obstáculos e às formas com que apreende e processa o conhecimento compartilhado.
Nesse contexto o tutor tem a tarefa de possibilitar uma relação franca e responsável com o aluno-professor, garantindo uma ponte para a superação das dificuldades, uma alternativa para solucionar os entraves que surgem durante o processo de ensino. Desta forma, o tutor deve deixar claro que muitas vezes ele não solucionará as dúvidas dos alunos, ou porque o tutor nem sempre saberá a resposta ou porque sua resposta refletirá uma opinião pessoal a respeito de determinado assunto, ou seja, mostrar que o conhecimento também é feito por pontos de vista localizados. Sob estas prerrogativas o processo avaliativo é uma tarefa que demanda muito tempo, dedicação, atenção, e uma percepção apurada do desenvolvimento do aluno. Isso acarretaria em uma maior responsabilidade do tutor para atuar diretamente nessas avaliações, já que isso seria impossível para um professor responsável por uma imensa turma. No entanto, uma maior responsabilidade para o tutor na atividade avaliativa acarretaria em avaliações heterogenias na turma, pois cada tutor poderá utilizar critérios um pouco diferentes, caso não haja entre eles freqüentes debates para partilhar uma visão mais coesa sobre avaliação e aprendizagem.
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