13 junho 2006

Caça ao terrorista - Atividade 10

O jogo em questão apresenta uma interessante situação. Em uma representação de uma cidade (com características islâmicas) circulam entre as casas e prédios muitos personagens, entre mulheres, crianças, homens, velhos estão alguns que levam armas nas mãos, que seriam os terroristas. O objetivo do jogo é acertar esses terroristas com bombas através de uma mira. Acontece que cada vez que as bombas lançadas acertam um “civil”, ou destrói uma casa, alguns desses personagens homens, velhos e crianças, começam a chorar diante do corpo ou dos escombros e se torna um terrorista. Disto resulta que é impossível acabar com os terroristas sem atingir os demais personagens, e por isso, acabamos fazendo o caminho inverso, a cada bomba que lançamos aumentamos o número de terroristas no jogo.
Este jogo é uma excelente crítica à forma com que os países ocidentais buscam combater os chamados terroristas, em especial a ação dos EUA contra os militantes árabes. As ocupações militares feitas em outro países, além de fazerem milhares de vítimas, alimentam ainda mais a reação da população contra a política americana, e com ela todo o mundo ocidental.
A resistência à cultura ocidental em países orientais é um efeito direto à sobreposição política e ao desrespeito às diferenças culturais existentes em diversas sociedades pelo mundo. A imposição de valores ocidentais acarreta em uma afirmação política sobre as sociedades autônomas, enquanto uma legitimação ideológica universalizante seleciona o que é “bom” e o que é “mal”, ou o certo e o errado a serem vividos por outros povos em diversas partes do mundo.
Esse mesmo processo foi experimentado durante a colonização americana e africana, quando sob o argumento “civilizador” e “cristianizador” conquistaram, mataram e escravizaram dezenas de milhões de nativos. Sob a mesma alcunha de “terroristas”, foram combatidos os militantes de esquerda nas Américas durante a Guerra Fria, que levaram às ditaduras no Brasil, Chile, Argentina, etc., ou às guerras civis da Nicarágua e El Salvador, com o resultado de milhões de mortos. O jogo mostra a nova faceta sobre uma reflexão feita para o século XX: “O que impressionou o século XX não foi a histórica capacidade do homem em matar outros homens, mas a eficiente com que ele o fez.”

Atividade 5

- Boa tarde! É o que diz a secretária, sob um adorável sorriso.
- Boa tarde, gostaríamos de falar com o Sr. José Eugênio*. Responde a Sra. que fala pelos outros três jovens.
- Um momento, ele já vai lhe atender.
A resposta não correspondeu a nenhuma ação, na verdade o homem procurado estava em outra sala ao telefone, e sua voz nos chegava de uma maneira um tanto alterada. Passado algum tempo, chega o Sr. José, com a frieza estampada na face, nos olha. Em silêncio, ignorando o cumprimento de boa tarde dada pelos visitantes, senta-se em sua cadeira segurando uma caneca com uma grande estampa em azul, em contraste ao avantajado anel vermelho. BMW, estava escrito na caneca.
- Precisava essa caravana? Diz o homem, cruzando suas pernas e olhando os quatro indivíduos.
Um mal-estar paira no ambiente, a Sra., um pouco desconcertada, explica que estavam ali interessados em alugar um apartamento que acabavam de visitar com a proprietária, o qual ele era o corretor e advogado. O homem os fita, toma um gole de sua bebida, e diz:
- Você tem propriedade aqui em Niterói?
- Não, mas tenho em Valença. – Responde a Sra.
- Então não dá, como eu vou sair daqui de Niterói para executar você em Valença?
Um dos jovens intervém.
- Espera, o Sr. está partindo do pressuposto de que não vamos pagar.
- É claro – retrucou o homem – eu não conheço vocês.
- Valença fica perto de Vassouras, não é?
- Sim! - Respondeu a Sra. com uma ponta de esperança – a alguns quilômetros.
- Você conhece a família Peralta, de Vassouras.
A Sra. faz um esforço de memória por alguns instantes ...
- Não conheço. – A resposta foi uma espécie de lamento.
- Como assim você não conhece a família Peralta? É uma família tradicional!
Estupefados diante da dantesca cena, um dos jovens comenta:
- O apartamento só pode ser alugado para conhecidos da família Peralta?
O homem olha para a Sra., reclina-se para frente e diz:
- Olha, com vocês três até dá para conversar, mas aquele rapaz é muito mal educado! Não vou alugar o apartamento, pronto!
Depois dessa declaração os quatro se viram em direção a porta e saem, antes de sair um dos jovens olha para o homem e, num tom de desabafo, diz:
- Chafurde na lama de sua vida infeliz, seu porco capitalista.
E os quatros interioranos se entreolham sem saber o que dizer sobre o teatro da vida real, sem compreender o fundo daquela reação, além do “pecaminoso” fato de não conhecer a família Peralta.
* O nome fictício.

Creio que esta passagem pode demonstrar vários aspectos abordados por Max Weber, os tipos de dominação, como ela se aplica e, ainda, a simbologia que envolve este poder.
O advogado, em seu escritório, ostenta símbolos que o difere dos demais membros da sociedade, como seu anel vermelho, por exemplo. Se cerca de símbolos que demarcam, hipoteticamente, o consumo referente à sua classe, como a caneca da BMW. Esses padrões semióticos o coloca de forma privilegiada diante das relações sociais, em uma tentativa de convencer seu entorno de que está hierarquicamente acima dos demais.
De fato, o status social conferido à sua profissão sugere um domínio, ou em outras palavras, possibilita o exercício de poder através do conhecimento e utilização das leis a seu favor, reforçado pela alienação do vocabulário e dos procedimentos jurídicos da grande maioria da população. Esse Domínio do aparato legal lhe confere não só um poder de fato, como um poder coercitivo que opera no subconsciente das relações interpessoais, ou seja, um poder que permeia as relações alocando os indivíduos em diferentes estratos sociais.
Outra ponte que esse “causo” possibilita com os escritos de Weber está na referência à Família Peralta. O fato de conhecer essa “família tradicional” representa reconhecer uma liderança tradicional e local, um poder que está ligado às relações diádicas desenvolvido por essa família. Esta rede de relações, em última análise, é uma das formas sobreviventes do clientelismo arcaico, e que sustenta uma classe pelo reconhecimento social de sua herança de poder tradicional, por um lado, e uma reserva de capital político para quem os conhece – e é conhecido – se submetendo ao seu protetorado.
Sobre a outra forma de dominação, temos que reconhecer: Esse advogado é muito carismático!!

07 junho 2006

Comentário sobre o texto de Saramago

O texto pode ser encontrado no link http://www.releituras.com/jsaramago_conto.asp
Este delicioso texto, O Conto da Ilha Desconhecida de José Saramago, nos possibilita refletir sobre vários aspectos de nosso cotidiano. De forma lúdica somos levados a reconhecer críticas profundas ao funcionamento social, valores humanos e os impactos que nosso comportamento pode gerar ao meio que nos cerca. Selecionei três pontos para comentar a cerca do texto, os quais podem ser vistos como uma bela metáfora das estruturas e comportamentos sociais.
Saramago, ao falar do funcionamento do reino, mostra a diferença de valores dada pelo rei em relação às portas que ocupa, sendo a porta dos obséquios a de maior valor em relação à das petições. Essa desvalorização levava a uma hierarquia de atribuições, talvez melhor seria de incumbências, que apesar da demora tinha seu desfecho selado pelo humor da faxineira. Esta passagem me lembra nossas estruturas burocráticas, lentas, impessoais, cartoriais, em que qualquer reivindicação precisa passar por dúzias de mãos, ser anexada, avaliada, homologada, carimbada, etc... Lembra a própria rotina de se provar, a todo momento, nossa existência real, provar que nós somos nós mesmo. Mas esta prática contrasta radicalmente quando os interesses do cume da hierarquia são grandes. Para casos como esse existe a prática do lobby, o conchavo e as negociatas.
Um ponto muito interessante no conto está na forma de resistência do homem, que determinado a receber o que queria do rei, passou a exercer pressão para ter diretamente com o soberano. Importante notar que essa resistência só foi frutífera quando passava a incomodar o rei, a interferir na imagem e no funcionamento da porta dos obséquios, obrigando o rei a atender o homem solicitante. Uma segunda pressão sucedeu enquanto o homem fazia sua reivindicação, o coro da população. A manifestação em massa foi um fator vital para a decisão do rei de ceder-lhe um barco a troco de nada. Mas mesmo essa pressão social não nasceu de nenhum nobre sentimento, senão do próprio interesse dos cidadãos em terem, eles, o acesso à porta. Saramago expõe uma visão pessimista sobre as ações humanas ao reconhecer que toda ação parte de um sentimento individualista de interesses.
Por fim, o protagonista da história passa por um momento em que fica claro que sua determinação, que até aquele momento lhe abriu portas, poderia resultar no desperdício de sua vida se sua determinação transformasse a busca da ilha desconhecida em uma cega obsessão. A busca pelo ideal sonhado cria uma densa bruma diante do ideal vivido, que ao passo de pouco tempo nos distancia de um concreto para uma miragem. A percepção de que a tão sonhada busca é a busca de si nos remete a idéia de que as maiores transformações não estão somente no largo mundo exterior, mas nos cantinhos de nossa mente.

Re/pensar

Caros,
Estava procurando algo para postar nesse blog e encontrei um texto que tinha feito em 2004 sobre o EAD. Acho que podemos discutir muitas coisas a partir dele, eu mesmo vejo muitas críticas sobre o que pensava ser esta nova relação ensino-aprendizagem. Muitas opiniões mudaram, outras críticas acho que continuam pertinentes.
Estou postando o texto e depois vou fazer minha contribuição, espero que vocês também possam utilizar-se dele para aprofundar questões.

Renato Avellar de Albuquerque. 09/2004

Educação Continuada: A ponte entre os saberes, o caminho da transformação.

No cotidiano da universidade, percebemos os grandes investimentos feitos a cada dia na busca de novas respostas para os problemas que atingem a sociedade. Não digo apenas investimentos em termos de capitais materiais, que andam cada vez mais escassos nas universidades públicas, mas acima de tudo, esforços intelectuais para a contínua reflexão dos saberes e práticas eficazes de socialização destes conhecimentos. Uma das formas de proliferação destes saberes recai sobre a formação de professores, que, no exercício de sua profissão, irão inserir os jovens de uma maneira específica nas estruturas sociais, onde estes conhecimentos serão as suas ferramentas de diálogo enquanto membro de uma sociedade.
Portanto, o profissional que se afasta da convivência no espaço universitário depois de formado – descartando a necessidade de dizer que não se trata somente de uma distância física – afasta-se também das trocas de saberes circulantes nesses centros, por excelência, de desenvolvimento do conhecimento. Produz-se, por um lado, o afastamento das bases reais de funcionamento da sociedade, por parte dos teóricos instalados nas universidades, por outro, dos profissionais que atuam diretamente na formação escolar. A ampliação do conhecimento científico necessita, portanto, de potencializar os canais de comunicação entre o saber teórico e o saber prático.
Este texto pretende refletir sobre a questão da formação de educadores, inserindo a discussão sobre a necessidade e possibilidade do ensino continuado nas atividades dos professores, visando a ampliação da qualidade do ensino, a maior possibilidade de experimentação dos novos conhecimentos construídos, diálogo entre escola-universidade e o desenvolvimento social de forma generalizada.
Nos últimos tempos, o Curso de História da Universidade Federal Fluminense tem questionado a adesão, por parte do departamento, no consórcio CEDERJ. Esta atitude política esconde vários questionamentos relevantes sobre a qualidade de ensino, e mais incisivamente, sobre o investimento governamental na universidade pública e sua produção, sob uma estrutura massificada, de professores a baixo custo. No entanto, o modelo de ensino à distância proposto pelo CEDERJ poderia, ao invés de servir de subterfúgio estatístico para índices de IDH da UNESCO, proporcionar um canal de comunicação entre as escolas e a universidade, por meio de grupos de estudo, abrindo a possibilidade de ingresso, ou volta, de milhares de professores – já há tempos fora das discussões universitárias.
Os professores têm sofrido uma progressiva desvalorização em nossa sociedade, seja pelos níveis salariais ou mesmo em suas condições de trabalho, dificultando o exercício de sua profissão e despertando um limitadíssimo interesse dos jovens a ingressarem nesta carreira tão digna. Portanto, a desvalorização do profissional acarreta na conseqüente desvalorização da profissão; logo esta, de tão fundamental importância na transformação da sociedade. Os baixos salários pagos aos professores obrigam-nos a ocupar grande parte do seu tempo com aulas ministradas em várias escolas. Somando-se ao tempo despendido com a preparação destas aulas, a sobrecarga da atividade mecânica pelo professor não possibilita que o profissional busque a qualificação contínua, mantendo o elo que cada professor formado deve, a sua maneira, formar com a universidade.
Este tempo, que o profissional dedica-se a construção e socialização do saber, faz parte também de sua atividade profissional, portanto deve contar na carga horária cumprida pelo professor. Por força de seu baixo salário, ele é obrigado a vender este tempo – reservado ao aprimoramento da atividade cognitiva – em forma de trabalho mecânico, ou poderíamos dizer, aulas ministradas com as turmas. Existem, portanto, professores trabalhando o dobro para prover seu sustento, ocupando as vagas que poderiam estar sendo preenchidas com os milhares de novos professores que a cada ano são lançados no mercado de trabalho. Assim, a formação quantitativa, sem a absorção pelo mercado de trabalho, aprofunda ainda mais o desequilíbrio da demanda de vagas e oferta de professores, que força o baixo preço da carreira de professor e da má qualidade no ensino.
Atualmente vivemos a expectativa sobre a finalização da Reforma Universitária, que deveria ser um projeto para a alteração das normas educacionais no Brasil. Na proposta do MEC está o ponto referente ao ensino à distância, defendida pelo Governo[1] e em pleno funcionamento nas universidades públicas[2]. O maior questionamento ao método proposto é justamente sobre a qualidade na formação do profissional que, a priori, tem se restringido à formação do profissional docente. Esta situação política apresentada pode caminhar no sentido de dois desdobramentos:

1- Os cursos à distância promoverão um ensino massificado, onde não importa muito a qualidade, desde que em quantidade, o que irá desvalorizar de vez a carreira de professor, fazendo com que cada vez mais tenha que tornar seu tempo reservado ao aprimoramento do saber em tempo disponível para o exercício “mecânico do professor”, ou seja, o professor em sala de aula. Portanto, ele não mais constrói o saber, mas apenas consome um saber produzido por outros.
2- Este novo método de ensino, que dentro de suas limitações, pode ser usado como forma de reestruturar o canal de articulação contínua do professor na escola, com as discussões dos saberes acadêmicos, de forma a abranger grande parte dos professores que não possuem possibilidade de estarem presencialmente dentro deste espaço.

Sendo o curso à distância tão abrangente, possibilitando o acesso de grande número de pessoas – com a conveniência de poder ser implementado pelo governo com baixos custos – deveria ser agregado às atividades de extensão promovidos pelas universidades, mantendo o professor que se encontra no mercado de trabalho, em permanente contato com a produção acadêmica e para ela contribuindo. Utilizando-se dos dados retirados da revista Movimento[3] sobre ensino à distância, constatamos que a relação professor-aluno é impressionante; No curso de Matemática, para 1.200 alunos são necessários 20 professores e 45 tutores. Fazendo uma comparação com o curso presencial de História na mesma instituição, para atender, de forma já deficitária, cerca de 750 alunos são necessários 50 professores[4].
O mesmo artigo diz: “Há dois anos, a portaria do MEC nº 2.253, de 18 de outubro de 2001, conhecida como a ‘dos 20%’, apresenta incentivos à graduação online, pois permite que as instituições de ensino superior ofereçam até 20% de suas disciplinas regulares na modalidade à distância”. Em se tratando de matemática, podemos inferir, pela regra de três, que se a UFF cumpre a portaria nº 2.253, o Curso de Matemática regular, ou presencial, possui cerca de 6.000 alunos. O que não é a verdade, claro.
A ampla formação de professores com baixo nível de convivência nas salas de aula, e dos ambientes acadêmicos, poderá fazer com que grande parte destes profissionais online não desenvolva a enriquecedora formação social vivenciada na universidade. Estas são necessárias em sala de aula, atividades políticas, para ensinar cidadania, em todas as relações sensitivas que os seres humanos experimentam no contato presencial. A vivência é necessária para exercer esta função tão complexa que é o ensino.
Portanto, na formação do docente é necessário o contato intenso, que requer impressões sensitivas com o meio, componente deste saber específico, para justamente ampliar os seus saberes sociais. Uma vez estabelecendo vínculos entre os professores, estes novos sócios do saber farão parte de uma rede ainda maior, produzida pela convergência expressa na universidade. A formação universitária é produtora de conhecimento enquanto redes de comunicação e socialização sobre a atividade do saber, e não só a partilha do banco de dados que representa apenas uma parte de todo o Capital Intelectual da nossa sociedade.
O método de ensino à distância pode ser usado como administrador das atividades de desenvolvimento contínuo, pois o professor mantém ou intensifica o prévio contato com o centro das atividades de Ensino-Pesquisa-Extensão, que deve caracterizar a formação acadêmica, podendo formar um professor-pesquisador e um agente socialmente ativo. Não acredito, contudo, que estas relações podem ser criadas estritamente online, pela via informal, pois aí reside a ausência da formação humana, e, principalmente, da construção e socialização dos valores coletivos, formadores da cultura.

Assim, precisamos de professores mais qualificados, sendo para isso necessário o aumento dos seus salários, para que não tenha que vender o seu tempo de capitalização do saber científico, podendo efetivamente continuar sempre a qualificar-se, promovendo o aumento da qualidade no ensino das escolas de uma maneira geral. O aumento em número de professores não vai resolver o problema da Educação no Brasil[5], mas pelo contrário, tornar a atividade de professor ainda mais desvalorizada e totalmente dependente de um conhecimento cada vez mais distante de sua realidade, e que não sendo produzida por ele, torna-se facilmente um produto de consumo. O método de ensino à distância está em vias de ser ampliado para o ensino superior, é ponto de pauta da Reforma Universitária. Este método pode servir para qualificar, aumentando os gastos, ou quantificar, diminuindo os gastos. Depende em que sentido ela será usada, na formação ou na qualificação, na socialização dos saberes ou apenas na mercantilização de títulos diplomáticos.

[1] Debate ocorrido dia 29 de setembro de 2004, no Seminário Universidade Brasileira realizado na UFF, com a presença do representante do MEC, profº Willian Campos.
[2] Debates sobre Ensino à Distância, com a presença do vice-presidente do CEDERJ, e coordenador do curso de Matemática à distância da UFF, profº Celso Costa.
[3] Movimento UFF, Publicação da Universidade Federal Fluminense – nº 149, pág 10. “Educação à Distância: UFF é pioneira no Brasil a oferecer curso de graduação ‘online’”.
[4] Desconheço o número de monitores, que eqüivalem ao tutores.
[5] Procure informar-se da relação candidato-vaga nos concursos para professores do Estado do Rio de Janeiro, verá que não existe falta de professores. Minha constatação, embora não tenha dados exatos, foi de uma média de 30 candidato para cada vaga.

04 junho 2006

Faltou minha foto


Está um pouco longe, mas é a única imagem que tenho.

02 junho 2006

Tempo

Coloquei uma letra de música porque achei que ela faz pensar sobre a relação entre a vida e o tempo, talvez, melhor seria, a percepção da vida e a percepção do tempo.
Quando fizemos a organização do tempo como atividade do curso, levando em conta nossos objetivos, era um pouco de acordar para as urgências da vida.
As vezes dar sentido às relações que mantemos com os espaços, os tempos e o pensamento que nos atravessa é algo muito perturbador.


Composição: Mason, Waters, Wright, Gilmour

Time

Ticking away the moments that make up a dull day
Fritter and waste the hours in an offhand way.
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way.

Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain.
You are young and life is long and there is time to kill today.
And then one day you find ten years have got behind you.
No one told you when to run, you missed the starting gun.

And you run and you run to catch up with the sun but it's sinking
Racing around to come up behind you again.
The sun is the same in a relative way but you're older,
Shorter of breath and one day closer to death.

Every year is getting shorter never seem to find the time.
Plans that either come to nought or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desparation is the English way
The time is gone, the song is over,
Thought I'd something more to say.

Tempo

Marcando os longos momentos que formam um dia monótono.
Despedaçando e desperdiçando as horas na contra-mão da via.
Chutando pedras sobre o chão de sua terra, na cidade onde mora.
Esperando por alguém ou algo que lhe mostre o caminho.

Cansado de mentir sob o sol, esperando em casa para assistir à chuva.
Você é jovem e a vida é longa, e há tempo para matar hoje.
E então um dia você percebe que dez anos se passaram.
Ninguém lhe disse quando correr, você perdeu o tiro de largada.

E você correu, e correu, para alcançar o sol, mas ele estava se pondo.
Correndo ao redor para nascer atrás de você novamente.
O sol é o mesmo em seu relativo caminho mas você está velho,
Encurtando a respiração e um dia se encerra na morte.

Os anos estão ficando menores, e você nunca vê o tempo passar.
Estes planos, como outros, não deram em nada ou preenchem metade de uma página de linhas escritas.
Silenciado sob um quieto desespero no jeito inglês.
O tempo se foi, a música acabou,
Achei que tinha algo mais a dizer.

figura do meu grupo